24 de novembro de 2008

Para Márcia

O Amor Antigo
(Carlos Drummond de Andrade)


O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige, nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.


O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.


Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.


Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.


21 de novembro de 2008

Fazendo café



Água

Chaleira

Colher

Garrafa

Pó de café

Açúcar

Filtro

Fogo


Isoladamente, esses elementos têm seu próprio valor.

Se os reunirmos da maneira correta, teremos um delicioso café.

Olhe à sua volta. Quantos ingredientes estão à sua disposição.

Procure observar o valor de cada coisa e imaginar como podem ser combinadas.

Assim como o café.

17 de novembro de 2008

A chuva

A gota cai da chuva
Percorre o chão
Corre para o bueiro
Segue em frente
Junta-se a tantas gotas iguais
Já não são gotas, viraram corrente
Chegam ao rio, várias correntes
O mar as espera, o rio deságua
Nas águas bravias
Muitos rios, muitas correntes, muitas gotas
O calor intenso, a água se aquece
Então se evapora, as nuvens se formam
As chuvas que chegam
As gotas que caem
Começa tudo de novo
Porém, não são as mesmas gotas...

8 de novembro de 2008

Quebra-cabeça

Quem ainda não percebeu, nosso destino é um quebra-cabeça que recebemos todo desmontado. O resultado final é o sucesso. 

Cabe a nós ter paciência e montá-lo até o fim.

Ocorre que muitos desistem no meio do caminho. O sucesso é parcial. 

Outros nem começam, por considerar o desafio muito grande. 

Ou seja, o sucesso está dentro de cada um de nós. 

É nosso dever analisar as peças que estão disponíveis e juntá-las aos poucos.

Por mais difícil que pareça, não é impossível.

As peças estão à sua frente: mãos à obra!