Sobre a mesa, um cálice de vinho. Uma lareira acesa, a janela entreaberta, o vento frio da madrugada... Nada se ouve, o silêncio impera naquele aconchegante ambiente.
O tempo corre devagar, o presente insiste em ficar no passado; o futuro parece não querer chegar... Ao longe, ouvem-se passos; pequenos passos, devagar a seguir até aquele ambiente aconchegante.
O ruído dos passos dá lugar ao som de uma respiração ofegante; novo silêncio... Aquela figura sombria de alguém a vagar em seus pensamentos, toma em suas mãos o cálice de vinho.
Levanta-o até a altura de seus olhos, sente o aroma da fina bebida, e num só gole bebe todo o conteúdo que ali existia. Um suspiro, um sentimento de alívio...
Aquele alguém dirige-se à lareira; senta-se ao chão e, meditando, agradece.
Por tantas dificuldades enfrentadas, por tantos caminhos tortuosos, tantas subidas e descidas, enfim; tudo o que passou, serviu para valorizar o que hoje recebe. Os degraus que enfrentou ficaram para trás.
Os descaminhos desapareceram. Nada mais existe: a tristeza, a incerteza, as dificuldades. E do cálice de vinho, só ficou o cristal...
Um comentário:
LIndo, vamos saborear vários cálices de vinhos juntos!
Parabéns!
Márcia
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