24 de novembro de 2008

Para Márcia

O Amor Antigo
(Carlos Drummond de Andrade)


O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige, nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.


O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.


Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.


Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.


Um comentário:

Anônimo disse...

Te Amo!!!

Que pena que não tenho a dom da palavra..

O nosso amor é verdadeiro... pleno...

te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, te amo.
Beijos - Márcia