Parecia tão longe... Ao olhar para o alto e avistar o cume da grandiosa montanha, pensei: "É muito difícil, é quase impossível chegar lá!"
Mas era preciso subir, não tinha alternativa. O caminho até então percorrido não poderia ser desfeito. Ainda tinha um objetivo a cumprir. Sabia que nessa escalada encontraria muitos obstáculos; sol, chuva, frio, vento, fome, sede.
Tudo isso sem contar os desavisados maus conselhos de quem não tinha coragem de enfrentar a subida:
- Você não vai conseguir, desista. Muitos tentaram e não tiveram êxito...
Mas o momento era de ouvir a voz que vem de dentro do coração. Somente eu sabia da minha capacidade e da importância de cumprir o meu destino.
Comecei a escalada. Pouco a pouco fui alcançando altura; conhecendo o ambiente, tendo a consciência dos riscos que corria. Mas com a certeza de que meu esforço seria recompensado, pois estaria alcançando o ponto mais alto da minha arriscada viagem.
Lentamente, mas sempre subindo, fui distanciando-me do chão e cada vez mais próximo do cumprimento dos meus objetivos. Subir quando necessário, parar quando preciso. É importante ter consciência de se trilhar um caminho de forma segura, saber que cada instante percorrido é o mais importante de cada jornada.
Sem perceber, fui deixando para trás todos os medos e desconfianças. Os maus conselhos ficaram lá em baixo e levei comigo apenas as palavras de apoio e a vontade de chegar são e salvo.
Logo, o alto da montanha já não parecia tão distante. Olhando para baixo, os problemas e dificuldades representavam diminutos pontos que lá embaixo ficaram. Quando menos esperava, lá estava. A minha luta chegava ao fim.
A montanha, que antes parecia inacessível, tornou-se uma grande aliada do meu sucesso. Dessa maneira, só então percebi que a minha dificuldade em vencer a escalada não estava no caminho a ser percorrido, e sim na forma como enxergava o desafio.
O topo é apenas parte da montanha; estava lá, imóvel. Coube a mim encontrar meios para que lá chegasse. E cheguei.