Há muitos séculos, havia um reino distante comandado por um tirano; que, em razão de seu cruel poder, fazia e desfazia tudo ao seu bel prazer.
O povoado era habitado por um povo simples, mas de muita dignidade e coragem. Viviam da colheita do milho e da criação de vacas para seu próprio sustento. Assim era seu cotidiano.
Esperavam, porém, que um dia as coisas melhorassem e eles tivessem uma condição melhor de vida. Um dia; o rei, temeroso por perder seu poder em virtude da insatisfação de seus súditos, tomou uma decisão que viria a mudar a vida de todas as pessoas daquele lugar.
A partir desse instante, decretou a todos que era proibido sonhar. Visando o cumprimento integral de suas ordens, resolveu contaminar o único recurso de água que abastecia as casas do povoado.
A pequena nascente do rio que banhava a vila, ficava sob os domínios do rei opressor. Sendo assim; poluiu o manancial, até então límpido e cristalino, com a poção maléfica da incredulidade e do medo.
A partir daí, tudo mudou. As pessoas, de alegres camponeses e cheios de vida e sonhos, passaram a plebeus despojados de vontades. Obedecendo cegamente às ordens do rei, tudo transcorria conforme as determinações do ditador.
Nada progredia, os homens e mulheres viviam apenas para o trabalho, cujo suor sustentava o reino. As crianças não mais brincavam, tudo era sem cor e sem vida. Os sonhos já não faziam parte de suas existências.
Como o reino era cercado por imensas muralhas e vigiado por um batalhão de guardas fortemente armados, tudo levava a crer que esse cenário seria eterno.
Um dia, porém, as coisas mudaram. Um velho alquimista que pela região passava, notou um certo clima de insatisfação que vinha do lado de dentro das muralhas. Algo estranho pairava no ar.
Sensitivo que era, imaginou que pudesse contribuir para que aquela situação se acabasse. Disfarçado, adentrou o portal que guardava a grande fortaleza e passou a buscar elementos que confirmassem suas suspeitas.
Chegou perto dos aposentos do rei, e sem que percebessem, escutou o mesmo falando com um dos guardiões para que fosse até a nascente de água e aumentasse a quantidade da poção maléfica.
O rei queria que os sonhos de seu povo nunca mais voltassem; e assim, aumentado a dose da poção, as pessoas certamente continuariam à mercê dos caprichos do cruel déspota.
Percebendo a situação, o alquimista que estava disfarçado, seguiu o guardião até a fonte e notou que poderia fazer algo em prol daquele povo oprimido e que tanto sofria. Era seu dever trazer novamente o alívio àquele povo.
Secretamente, no porão do palácio do rei e com suas habilidades mágicas, criou uma poção encantada em que o principal ingrediente era a fé.
Sabia que, se a nascente que abastecia o povoado fossem tocada pela poção da fé, todos passariam a acreditar em seu potencial e poderiam acabar com o sofrimento que os abatiam há tantos anos.
O velho alquimista, para não ser descoberto, embrenhou-se pela madrugada levando consigo a poderosa poção. Sem ser notado, despejou todo o conteúdo nas águas da fonte que brotava do solo.
No dia seguinte, as pessoas puderam se abastecer da água provinda da poção da fé e instauraram grandes mudanças em suas vidas. Os sonhos voltaram; passaram a acreditar em suas forças e, com isso, começaram a derrubar as barreiras de seu pensamento.
Perceberam que a opressão que sofriam até então, não era tão grande como imaginavam e realmente sentiram a força de trabalharem unidos. Começaram um levante contra a tirania, uniram-se para destituir o rei e mais do que isso: derrubaram as muralhas que cercavam seu povo.
Assim como os limites que cercavam suas vidas, os limites territoriais já não mais existiam. A alegria e a confiança voltaram. Os habitantes do povoado voltaram a sonhar e compreenderam que somente com a fé, poderiam trazer de volta a tão sonhada felicidade.
O velho alquimista, que até então não tinha morada, passou a habitar o povoado. Sentiu que ali era o seu lugar, onde encontrou pessoas capazes de acreditar em si mesmo.
Por onde passava; era ovacionado e por todos era agradecido, em face da grande mudança que promoveu a todos. Em resposta a todos os agradecimentos, o alquimista então respondeu: não agradeçam a mim, agradeçam a vocês mesmos.
A fé está dentro de cada um. A partir do momento em que descobriram a verdadeira fé, não houve barreiras que segurassem a força do pensamento.
Vocês venceram.
8 comentários:
Pedro,
Sentimos muita falta de acessar o seu blog, a minha mãe (profa. Zezê) ficou hospitalizada por 12 dias, agora que ela está se recuperando. Com certeza acessará o seu blog, pois ela gosta muito de ler os seus textos. Muito legal a história que você escreveu, fique envolvida do começo até o final.
Fique com DEUS
Ludmila
Vontando... querido Pedro, Que Deus continue te iluminando sempre!Você é iluminado e peço a você que nunca se deixe abater com pequeninas coisas, que continue a nos mostrar mensagens belas e poderosas.
Estou bem melhorar. Em tudo que acontece em nossas vidas tem o dedo dele (DEUS)!
Com carinho.
Profa. Zezê
Bem legal a sua história...
Todos os dias ao adormecer fecho os meus olhos e fico imaginando todas as coisas que quero conquistar e o que posso fazer para melhorar a pessoa que hoje sou. Se hoje foi bom, amanhã será melhor! Basta querer. Basta acreditar, ter fé e lutar por um mundo mais colorido. As desgraças da vida existem porque o próprio humano não soube conduzir os seus passos. O alquimista está dentro de NÓS.
beijos.
Márcia
Tentei acessar o seu blog na semana passada por várias vezes e não consegui.
Hoje deu certo, fiquei feliz em poder ler novamente os seus textos.
Célio
Eu tambem tantei e não acessava.
valeuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
Henrique
Que bom que o seu blog está de volta.
abraços.
Ivete
Adorei.
bjs.
Márcia
Eu tambem estou de volta ... rsrsrs
Tirei 20 dias de férias.
Sempre passando bons fluidos!!!
obrigada.
Marlene
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