10 de novembro de 2009

Para quem nasceu antes de 1980

(autor desconhecido)

Quando éramos pequenos, viajávamos de carro (aqueles que tinham a sorte de ter um...) sem cintos de segurança, sem freios ABS e sem air-bag!
Os vidros de remédio ou as garrafas de refrigerante não tinham nenhum tipo de tampinha especial.
A gente bebia da torneira e nem conhecia água engarrafada!
A gente andava de bicicleta sem usar nenhum tipo de proteção.
A gente se jogava nas ladeiras e esquecia que não tinha freios até que déssemos de cara com a calçada ou uma árvore... E depois de muitos acidentes de percurso, aprendíamos a resolver o problema... SOZINHOS...!!!
Nas férias, saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo; nossos pais às vezes não sabiam exatamente onde estávamos, mas tinham certeza de que não estávamos em perigo.
Não existiam os celulares. Incrível! E a gente procurava encrenca.
Quantos machucados, ossos quebrados e dentes moles nos tombos...
Ninguém denunciava ninguém... Eram só “acidentes” de moleques; na verdade, nunca encontrávamos um culpado.
Você se lembra destes incidentes? Janelas quebradas, jardins destruídos, as bolas que caíam no terreno do vizinho... Existiam as brigas e, às vezes, muitos pontos roxos...
E mesmo que nos machucássemos e, tantas vezes, chorássemos, passava rápido; na maioria das vezes, nem nossos pais vinham a descobrir...
A gente comia muito doce, pão com muita manteiga... Mas ninguém era obeso. No máximo, um gordinho saudável...
A gente dividia uma garrafa de suco, refrigerante, em três ou quatro moleques, e ninguém morreu por causa de vermes!
Não existiam o Playstation, nem o Nintendo... Não tinha TV a Cabo, nem videocassete, nem computador, nem Internet... Tínhamos, simplesmente, amigos!
A gente andava de bicicleta ou a pé. Íamos à casa dos amigos (sem precisar ligar antes avisando), tocávamos a campainha, entrávamos e conversávamos...
Sozinhos em um mundo frio e cruel! Sem nenhum controle! Como sobrevivemos?
Inventávamos jogos... Com pedras, feijões ou cartas... Brincávamos com pequenos monstros: lesmas, caramujos, minhocas, e outros animaizinhos, mesmo que nossos pais nos dissessem para não fazer isso!
Alguns estudantes não eram tão inteligentes quanto os outros, e tiveram que repetir o ano... Não se mudavam as notas e ninguém passava de ano, mesmo não passando... As professoras eram “insuportáveis”! Não davam moleza...
Os maiores problemas na escola eram: chegar atrasado, mastigar chicletes na sala de aula, ou mandar bilhetinhos falando mal da professora, correr demais no recreio ou matar aula só pra ficar jogando bola no pátio.
As nossas iniciativas eram “nossas”, mas as conseqüências também! Ninguém se escondia atrás do outro...
Os nossos pais eram sempre do lado da lei quando transgredíamos as regras.
Se nos comportássemos mal, nossos pais nos colocavam de castigo e, incrivelmente, nenhum deles foi preso por isso! Sabíamos que quando os pais diziam “NÃO”, era “NÃO”.
A gente ganhava brinquedos no Natal ou no aniversário, não todas as vezes que íamos ao Supermercado. Nossos pais nos davam presentes por amor, nunca por culpa...
Por incrível que pareça, nossas vidas não se arruinaram porque não ganhamos tudo o que gostaríamos, o que queríamos...
Esta geração produziu muitos inventores, artistas, amantes do risco e ótimos “solucionadores” de problemas... Nos últimos 50 anos, houve uma desmedida explosão de inovações, tendências...
Tínhamos liberdade, sucessos, algumas vezes problemas e desilusões, mas tínhamos muita responsabilidade...
E não é que aprendemos a resolver tudo? Sozinhos!
Se você é um destes sobreviventes, parabéns!
VOCÊ VIVEU A VIDA...


6 comentários:

MASTERKEY SKYPE ENGLISH CLASSES disse...

Querido Pedro,
adorei!
Bjs com saudades

Anônimo disse...

Pedro,
Também adorei o texto e a foto.

Profa. Zezê

Anônimo disse...

Texto maravilhoso...
E a frase do Mário Quintana também.

bjs.

Márcia

Anônimo disse...

Agora você arrasou com este texto.


valeuuuuuuuuuuuuuu


Ivete

Anônimo disse...

É uma pena que as nossas crianças não bricam como antes.

Amei o texto.


Carlos

Anônimo disse...

Lindo... concordo com o Carlos hoje as crianças não brincam mais.


Marlene